
A pesquisa em performance objeto transicional vem de uma memória corporal acessada à partir do conceito da psicanálise de objeto transicional.
Quando uma criança percebe que ela e a mãe são seres independentes e que, por vezes, se separam, ela busca conforto em objetos que tem o cheiro dessa mãe, como se à carregasse consigo na forma de um objeto que chamamos de “naninha”. O desfazer desses objetos é natural e ocorre quando a criança descobre sua individualidade, entretanto, a artista nunca se desfez das suas - apenas às substituiu por objetos maiores. Na performance, a performer traz seu objeto transicional pessoal real, um grande edredom.
A ação constitui na exploração corporal da artista com esse objeto, recuperando uma memória gestual e emocional em uma troca de afeto, acolhimento, que pode se modificar em prisão e que é, simultaneamente, a forma de proteção do meio e forma de integração com esse mesmo meio da artista durante a ação.